7 de jan. de 2015

As consequências do isolamento dos crentes


"És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” Lucas 7:19b

PREGAÇÕES
Mensagem: Pr. Naldo
Referência Bíblica: Lucas 7:18-23

Uma das correntes que tem surgido no meio do povo de Deus é a crença de que é possível servir a Deus sem precisar ter comunhão com uma igreja específica. São pessoas que trocaram a reunião no templo pelo acompanhamento de mensagens pela televisão ou internet, que lêem a Bíblia (quando lêem) sozinhas, cantam sozinhas, passam por problemas sozinhas e se colocam numa redoma, completamente isoladas dos demais irmãos. Mas, o que ainda não perceberam é que essa atitude está apenas atraindo para si uma doença espiritual, que pode acabar com sua fé em pouco tempo.

Segundo o pastor Naldo, durante a pregação realizada em 4 de janeiro, na IEQ Vila Caiuba (Perus - SP), o isolamento traz dúvidas ao coração dos irmãos quanto aos milagres de Jesus e de quem Ele é. “O Senhor tem me mostrado em nosso meio pessoas que se colocaram em redomas fechadas, se isolando da igreja, sem perceber que essa obra é de Satanás para afastá-las, instalando a incredulidade e, até mesmo, colocando uma enfermidade emocional. Mas Jesus está desfazendo essa investida maligna pelo poder que há no Seu nome”, reforçou.

A dúvida de João Batista

Na passagem de Lucas 7:18-23, vemos que João Batista havia sido preso por Herodes e estava vivendo sozinho, angustiado, em uma cadeia. Apesar de ter sido chamado por Deus para preparar o caminho de Cristo na Terra (Mc. 1:2-6; Lc. 7:27), de ter reconhecido quem era Jesus assim que o viu (Mt. 3:13-17) e de ter ouvido falar dos milagres que realizava (Lc. 7:17-18), a dúvida instalou em seu coração, levando a pedir para seus discípulos ir até Jesus e questioná-lo se realmente era o Messias esperado pelo povo de Israel.

“Quando os homens chegaram junto dele, disseram: João Batista enviou-nos para te perguntar: És tu aquele que estava para vir ou esperaremos outro?” - Lc. 7:19.

Jesus, no entanto, não se incomodou com a pergunta e muito menos buscou afirmar quem Ele era, apenas continuou realizando milagres no meio do povo, curando, naquela mesma hora, “muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos, e deu vista a muitos cegos”, apenas depois, disse para os discípulos de João ir e anunciar o que haviam acabado de ver e ouvir.

O isolamento traz dúvidas a respeito da fé

A solidão de João trouxe dúvidas ao seu coração e da mesma maneira acontece com os irmãos que buscam viver com a ideia de que não precisam de ninguém. A comunhão traz o apoio que necessitamos no momento da angústia e a exultação na hora da alegria, nos fazendo lembrar que Jesus está conosco, além de nos mostrar que pelo relacionamento nosso caráter é moldado por Deus.

“Na Bíblia, vemos também Natanael, um jovem que ouviu falar do Messias, soltando - de pronto - palavras de incredulidade. Mas ele contou com o auxílio de Felipe, que o chamou para ir ver. Se ele tivesse ficado isolado em seu canto, jamais teria visto a Cristo”, lembrou o pastor Naldo.

É impossível crescer à semelhança de Cristo em isolamento, já que o próprio Deus deu o exemplo: vivia rodeado das pessoas, curando e libertando em amor. A interação é fundamental para a vida cristã e traz maturidade espiritual, além de promover o crescimento da igreja, com todos os membros do corpo funcionando e trabalhando pelo bem da comunidade.

“Quando decidimos caminhar sozinhos, muitas dúvidas são instaladas. Questionamos o milagre, questionamos a Deus e deixamos de crer. A individualidade pode levar, inclusive, à depressão, depositando males sobre os irmãos. Cristo não nos fez para andarmos sozinhos”, conclui o pastor.

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