9 de set. de 2012

A negação da existência de Deus

SEÇÃO: TEOLOGIA SISTEMÁTICA

Existem muitas pessoas que não acreditam na existência de Deus, e a maioria delas se nomeiam “ateus”. A posição filosófica desse grupo rejeita o conceito do teísmo e, em seu sentido lato, seguem a posição da ausência de crença na existência de qualquer divindade.

No entanto, não existe uma pessoa sequer destituída de um conceito teológico. Os ateus, através desse posicionamento definem sua própria teologia e estabelecem um “deus” para si: acreditam em si mesmos. O ateísmo tira do homem toda a base de uma esperança maior, o desejo pelas coisas espirituais (que lhe é próprio) e sua fome e sede por uma vida eterna.

O termo “ateísmo” 

O termo tem sua origem no grego e era aplicado a qualquer pessoa que não acreditava em deuses ou que participava de doutrinas em conflito com as religiões estabelecidas. Com a disseminação de conceitos como a liberdade de pensamento, o ceticismo científico e o subsequente aumento das críticas contra as religiões, a aplicação do termo passou a ter outros significados.

Os primeiros ateus

Os primeiros indivíduos a se autoidentificarem como “ateus” apareceram no século XVIII d.C. Hoje, aproximadamente 2,3% da população mundial se declaram ateístas, enquanto 11,6% descrevem-se como “não-ateístas” (85% dos europeus descrevem-se como ateus, agnósticos ou não crentes.

O que pensam os ateus

Os ateus afirmam que, aqueles que crêem em Deus não podem fornecer evidências convincentes da Sua existência. Dizem que Deus não pode ser encontrado em lugar algum, não é palpável e não é composto por uma massa que se possa ver e tocar, logo a conclusão é de que não existe.

Costumam usar argumentos para afirmar que não há sentido para crer em Deus. O primeiro deles é que esta crença já deu origem a incontáveis guerras, inquisições, e outros tipos de tormento. Outro argumento comum é de que o próprio “conceito” de Deus é vago e ambíguo, chegando a dizer que a ideia de Deus não se refere a uma única coisa específica. Na conclusão deles, Deus deve ser simplesmente descartado, por não significar nada objetivo ou racional para quem crê que Ele existe.

Como explicar esses pontos?

Em geral é mais fácil provar a existência de algo do que sua inexistência. A fim de mostrar que algo existe, é preciso apenas mostrar um caso de sua existência, enquanto que para provar que algo não existe, é preciso vasculhar cada parte da realidade. Sem um coração aberto e com uma mente obstinada, dificilmente alguém crerá em Deus e na Sua existência. O papel do cristão é simplesmente crer em Deus acima de todas as coisas e não se esforçar em tentar provar o que temos certeza que existe. Deus é Espírito, apenas podemos encontrá-Lo pela fé e não através dos nossos sentidos humanos.

No que diz respeito ao ponto dos grandes males causados por religiosos durante toda a história da humanidade, não podemos apenas culpar a Deus o erro de muitos. Não são atitudes de alguns homens fora de si que nos farão duvidar da existência de Deus. Nem todos buscam a Deus da maneira correta. A fé não é percebida racionalmente; se alguém tem uma fé genuína não consegue explicá-la de forma racional, porque a fé é sobrenatural. A racionalidade não é o caminho para compreender ou aceitar a fé de quem quer que seja.

Conceitos distorcidos de Deus

Em virtude de tantas heresias ao nosso redor, além dos ateus existem conceitos atuais de Deus que contém negações e concepções distorcidas do verdadeiro Deus. Vejamos algumas delas:

O Agnosticismo: Não nega a existência de Deus, mas nega a possibilidade de conhecê-Lo.

O Materialismo: Nega a existência de espírito ou de seres espirituais. Para os materialistas não existe vida após a morte, nem distinção entre a mente e a matéria.

O Panteísmo: Religião hindu que diz que Deus é a natureza, a soma total do sistema universal, ou seja, para eles “tudo é Deus”.

O Politeísmo: Crença em muitos deuses. Admite-se que o universo é governado por muitos deuses.

O Deísmo: Declaram que há um Deus transcendente, mas ausente, o qual deixou o universo criado sustentado pelas leis naturais e o abandonou. Não creem em milagres, revelações e na inspiração da Bíblia. 

O Dualismo: Prega a existência de dois reinos opostos: o reino do espírito e o reino da matéria, contrários um ao outro, governados por dois deuses: o da maldade e o da bondade, ambos de igual poder.

O Evolucionismo: Teoria que, embora seja colocada como incontestável, não foi provada até hoje. Ensina que todas as formas de vida tiveram sua origem em uma só forma, e que as espécies mais elevadas surgiram de uma forma inferior.

A Teologia Modernista: Apresenta Deus como a personificação de uma nova ideia abstrata, um novo símbolo que explica alguns processos cósmicos.

A Nova Psicologia: Diz que Deus é uma projeção da mente humana, uma ilusão para servir a um propósito útil, mas que se aproxima o dia em que esta ideia não será mais necessária.

No próximo estudo veremos quem é o DEUS da Bíblia. O Deus em quem cremos e esperamos. Até lá. 

"Senhor, estamos encerrando mais este estudo te pedindo que visite a cada pessoa que está lendo esse estudo. Que os que acreditam verdadeiramente em Ti não sejam induzidos pelos pensamentos do mundo, mas que sejam transformados pela renovação de suas mentes. Vivifica em nós a Tua palavra a cada dia! E aos que estão no engano do mundo, sendo levados por pensamentos contrários a Ti, conduza-os à Verdade, a única Verdade capaz de nos libertar, de limpar as nossas vestes e nos dar a esperança de um dia habitarmos ao Teu lado: Jesus Cristo, que é o Logos, a Palavra e a Verdade, por quem oramos. Amém”.

Fonte: Apostila "Teologia Sistemática I", do ITQ, e Módulo "Básico - O conhecimento ao alcance de todos", da Faculdade Teológica Harvest.

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