12 de jan. de 2012

Atos dos Apóstolos – Capítulo 4

Pedro e João ainda estavam pregando à multidão quando chegaram os sacerdotes, o capitão do templo e os saduceus e os prenderam, porque ensinavam em Jesus a ressurreição dos mortos. Muitos, porém, dos que ouviram a pregação creram, chegando a um número de quase 5 mil pessoas.

No dia seguinte, Pedro e João foram apresentados no Sinédrio, um elevado tribunal judaico da Palestina que exercia completo controle sobre as questões religiosas na nação judaica. Somente o Sinédrio poderia conceder autorização a alguém para que fosse reconhecido como líder religioso e intérprete da Lei.




O conselho era composto por Fariseus e Saduceus, seitas judaicas:

Fariseus (Parash – separar) – Separavam-se dos demais judeus por causa dos privilégios, sem nenhuma conotação religiosa. Era a seita maior e mais influente no Novo testamento, criam em anjos, espíritos, na imortalidade da alma e ressurreição do corpo. Oravam, jejuavam e dizimavam. Criam na predestinação em harmonia com o livre arbítrio. Eram cheios de si e gostavam de aparecer.

Saduceus – Partido sacerdotal, tinham poder político dominante da vida civil do judaísmo no reinado de Herodes. Criam na Torah (Lei de Moisés) como canônico, mas negavam a existência de anjos e espíritos e na imortalidade pessoal. Eram oportunistas e desejavam prestígio. Não sobreviveram à destruição de Jerusalém.

Perante o Sinédrio, Pedro aproveitou para testemunhar diante das autoridades. Afirmou ser JESUS A PEDRA, rejeitada pelos judeus, sobre o qual a Igreja está edificada.

“Este Jesus é a pedra rejeitada por vós, os construtores, a qual se tornou a pedra angular”. Atos 4:11.

O nome “Pedro” no original grego é “Petros”, que significa “pedregulho”. Logo, Cristo jamais edificaria Sua Igreja sobre algo que não oferecesse estabilidade. Porém, é o próprio Pedro que afirma ser Jesus a “Pedra”, no original grego “Petra”, que significa rochedo, capaz de sustentar a igreja.

"Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela". Mateus 16:18.

"Assim que já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus; Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina; No qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para templo santo no Senhor. No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito". Efésios 2:19-22.

"Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é preciosa, mas, para os rebeldes, A pedra que os edificadores reprovaram, Essa foi a principal da esquina, E uma pedra de tropeço e rocha de escândalo". 1 Pedro 2:6-8.

Como homens iletrados que eram, Pedro e João, a ousadia causou admiração aos membros do Sinédrio, os quais tiveram que reconhecer que “havia eles estado com Jesus”. Não podendo negar o sinal praticado por eles e não tendo como castiga-los, os soltaram, mas proibiram de continuar falando de Cristo.

A igreja em oração (Atos 23:31)

Os apóstolos depois de soltos voltaram para o círculo estreito de irmãos e apoiadores, obviamente um grupo menor do que a totalidade da comunidade cristã inteira, conforme Atos 4:4.

Em face às dificuldades, pediam ousadia para enfrentá-las, intrepidez para anunciarem a Palavra e operações de sinais e prodígios. E foi notável o efeito da oração. O aposento em que estavam reunidos tremeu como se houvesse um terremoto como sinal da resposta divina à oração.

Deus mostrou que estava presente e mais uma vez o Espírito Santo veio sobre os discípulos e estes receberam a confiança que pediram para falarem a Palavra de Deus. A história significa que, sem dúvida, eles receberam um novo derramamento do Espírito para capacita-los a testemunhar de Jesus.

A Oferta de Barnabé (Atos 4:32-37)

Ninguém dizia que coisa alguma era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns, de maneira que não havia necessidade entre eles, pois todos depositavam as ofertas aos pés dos apóstolos e repartia-se a cada um conforme a necessidade que tinham.

Um homem chamado José, cognominado pelos apóstolos como Barnabé, que significa Filho da Consolação, levita, natural de Chipre, possuindo uma propriedade a vendeu e deu aos apóstolos.

Barnabé, antes da conversão de Paulo, agiu como líder principal da comunidade Helenista Judeu Cristã. Era primo de João Marcos de Jerusalém. Foi um dos poucos elementos a ser chamado de apóstolo juntamente com os doze. Foi companheiro de viagem de Paulo.

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