8 de set. de 2013

Vigiai, pois não sabeis quando virá o Senhor

“Vigiai, pois não sabeis o Dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir”. Mateus 25:13. 

No evangelho de Mateus, capítulo 25, versículos de 1 a 13, o Senhor Jesus proferiu a parábola das 10 virgens para ensinar aos discípulos ricas lições que dizem respeito aos fatos da Sua vinda, de maneira que todos aqueles que se dizem Seus estejam preparados e atentos aguardando o grande Dia.

Nesta parábola é apresentado o cenário de um casamento. Para o entendermos é necessário conhecermos primeiro os costumes orientais a cerca da união conjugal nos tempos de Cristo. Naquela época, a festa realizava-se especialmente à noite e poderia durar por vários dias, dependendo das possibilidades dos noivos.


A celebração começava quando o noivo e alguns amigos iam à casa da noiva para trazê-la à casa dos pais do noivo. Terminadas as formalidades do ato, os noivos e seu cortejo seguiam festivamente e davam início à festa nupcial com a presença de parentes e convidados – as bodas. Os convidados precisavam estar devidamente vestidos e providos de lâmpadas para afugentar a escuridão. Caso o cortejo acabasse, era preciso mais azeite para manter as lamparinas acesas durante todo o percurso. Chegando ao local das bodas, os convidados entravam e a porta principal era fechada.

As integrantes da comitiva da noiva eram as dez virgens no relato da parábola. O ensino de Jesus revela nessas moças dois tipos de crentes em relação à Sua volta: os prudentes e os loucos.

Todas eram virgens, estavam igualmente vestidas, levavam consigo a mesma classe de lâmpada e aguardavam o noivo para a festa nupcial. Porém, a vinda do Noivo tardou e ai se percebeu a diferença entre cinco das virgens: a falta do azeite para as lâmpadas.

“As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas. E, tardando o esposo, tosquenejaram todas e adormeceram”. Mateus 25:3,4. 

Jesus chamou as virgens com falta de azeite de loucas com o intuito de mostrar a sua insensatez quanto ao despreparo para a espera e chegada do Noivo. Elas representam os crentes que vivem descuidados, sem vida e vigor espiritual. Os tais fazem pouco caso das responsabilidades espirituais em relação à oração, à leitura sistemática da Bíblia, às missões e ao amor fraternal. Crentes que andam como as virgens loucas demonstram insensatez, pois não se preocupam em viver uma vida santa e cheia do Espírito Santo, e ainda demonstram hipocrisia, fingimento, falsa espiritualidade e devoção. O incidente fatal aconteceu no momento do brado. 

“Mas, à meia noite, ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo! Saí-lhe ao encontro”. Mateus 25:6. 

As cinco virgens prudentes estavam vigilantes, apercebidas e preparadas. Elas mostram a previdência e a vigilância espiritual do crente à espera da volta de Jesus. O crente fiel e amoroso espera o retorno da Pessoa que é a razão do grandioso evento: o Senhor Jesus.

Três qualidades foram demonstradas pelas virgens prudentes: previdência, sinceridade e vigilância. Elas tinham reserva de azeite, isto é, combustível para as lâmpadas em suas vasilhas. O azeite é símbolo da provisão do Espírito Santo na vida do crente e precisa ser renovado continuamente.

"E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito". Efésios 5:18. 

As prudentes demonstraram sinceridade, com atitudes puras e santas, sem alteração, sem pretextos, sem evasivas e com humildade de espírito. Isto foi demonstrado em parte quando disseram às outras: “Não seja o caso que nos falte a nós e a vós” (Mt. 25:9). Elas também mostraram vigilância com estado contínuo de alerta, sensibilidade espiritual e prontidão. O cristão que vive desta maneira não permite que as coisas deste mundo e desta vida o desvie do seu alvo: uma vez terminada a carreira aqui, iremos morar ao lado do Senhor para sempre...

"E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé". Romanos 13:11. 

A chegada do esposo

Meia-noite significa a consumação de um dia que se finda e ao mesmo tempo o princípio de um novo dia, um novo tempo. À meia-noite é hora de silêncio, quando a noite chega ao seu auge e, geralmente, todos dormem o sono mais profundo. Na sua mensagem, Jesus desperta os seus discípulos para o inesperado momento da Sua vinda para buscar a Sua Noiva: a Igreja, momento esse quando poucos estarão atentos.

A chegada do Noivo será percebida por um “clamor”, um brado sobrenatural nas alturas. Ele virá para um povo salvo e remido que O espera, que O ama, que reflete a Sua glória!

"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo". 2 Coríntios 11:2. 

"E veio a mim um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu [...] E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro". Apocalipse 21:9,10, 27.

Aguarde com paciência no Senhor... A nossa salvação está agora mais perto do que quando aceitamos a fé. Jesus não se esqueceu de nós. Em breve viveremos a eternidade ao lado do nosso Rei, por isso, conservemos as nossas lamparinas cheias de azeite!

Maranata! Ora vem, Senhor Jesus!

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